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18 agosto 2008

com a bênção de nossos pais

Ontem levamos nossos pais pra conhecer onde vamos nos casar. Minha mãe, com aquele jeito marrento e estraga prazer que às vezes ela faz questão de manter, só botava defeito. Porque a estrada tinha muita curva, porque era perigoso pra quem fosse beber, porque se chovesse todo mundo ficaria atolado na lama, porque era no fim do mundo e blábláblá. Ricardo olhava pra mim, sorria e dizia calma.
Não sei por que os pais acham que os filhos serão crianças pra sempre. E aí surgiam as perguntas mais óbvias possíveis, mas tem que ver se é iluminado à noite. Jura? Ah esqueci de ver se era iluminado... e agora? Vou casar no escuro??? É óbvio que já vimos como é à noite. É muito mais que óbvio, não? Ricardo olhava pra mim, sorria e dizia calma.
Depois o negócio foi melhorando. Mamis e sogrinhos foram se encantando um pouco mais. Sogrão já nem queria mais ir embora do lugar. Até queria que eu marcasse o casamento mais cedo pra ele poder curtir mais o lugar. Durante a visita, dois esquilos apareceram pra fazer uma surpresa. E a partir daí tudo foi melhorando.
A distância nem parecia tão grande assim e as curvas, ah, as curvas já não eram problema. Quem bebesse que tivesse a responsabilidade de voltar pra casa depois. E chuva? Que nada, não vai chover no meu casamento. Em setembro chove? E se chover, a estrada nem parece ser tão de terra assim.
Quando me perguntaram sobre a decoração, eu respondi que quero a mais clean possível. E que na capela não quero flores. Vou usar apenas velas. Minha sogra fez bico de reprovação. Ricardo olhava pra mim, sorria e dizia calma.
Saímos de lá encantados. Ri e eu querendo que passe num piscar de olhos. Animadíssimos. Afinal, ontem fez um dia maravilhoso e o lugar estava ainda mais lindo, mais romântico, mais nossa cara.
O caminho de volta foi só elogios. E pitacos também. Ah, eu acho que tem que ter flores na capela... ah eu acho que você tem que chegar mais cedo... se troca lá, marca mais cedo, tem que ter um violino e blábláblá.
Não sei qual a sensação de casar um filho, mas acho que deve ser uma sensação estranha. Não que você esteja o perdendo, mas de certa forma, as coisas nunca mais serão como antes. O colo da mãe sempre vai estar lá, mas a casa vazia, o silêncio, enfim, essas coisas devem partir o coração dos pais. Acho que é por isso que se preocupam tanto.
Enfim. Saímos muito felizes de lá ontem.
Postado por Juliana às 09:12

4 comentários:

emmibi disse...

hahahahaha

é engraçado ver como os pais, quando a gente dá brecha, entram MESMO. E vai ser assim, cada vez com mais força, até o dia do casamento. E que Ricardo te passe muita calma...heheheheh

Juliana Fiorin disse...

Jú, pense que ela só está fazendo isso por que quer que seu dia seja perfeito! Mas é importante estabelecer um límite, foi isso que eu fiz, deixo falarem o quanto querem, mas sou eu e o noivo que decidimos tudo, umas opiniões acato, outras descarto e assim vai indo...

Beijos e ótima semana pra vc!

OBS.: Querida estou com um blog novo, o outro deu pau, depois dá uma olhada e muda seu link aí.

Antônio J. Xavier disse...

Realmente... eu é que terei de achar uma noiva para ficar me dizendo "calma"... o tempo todo!
Família é tudo de bom... mas tem horas que dá nos nervos... ainda bem que tudo correu em paz.
Sinal de que tudo vai ser perfeito!
bjinhos

Anônimo disse...

Nossa... sei bem como é isso.
Infelizmente não tenho sogros, mas meus pais gostaram de alguma coisas e nem tanto de outras...
Palpites e mais palpites...rs.
Essa semana estou um pouco chata e já disse que não pergunto mais a opinião de ninguém...
O engraçado é que eles falam, como se quisessem que fosse daquele jeitinho e depois finalizam com a frase "Mas o casamento é de vcs, vcs decidem" rsrs.
Olha meu pai foi igual ao seu sogro... ficou animado, nem queria mais ir embora, rs.
bjs

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